No artigo “Usando um LED como fonte de energia”, da autoria
de Esdras Garcia Alves e Andreza Fortini da Silva, do Colégio Santo Agostinho e
da Escola Municipal Francisco Borges da Foncesa respectivamente, ambas de Belo
Horizonte, MG, Brasil. Os autores, de forma a tornar o artigo um texto de fácil
entendimento, começam falando que o Sol é muito importante para a vida no
planeta terra, pois é a principal fonte de energia, liberada através da
fundição de átomos de hidrogênio (H) com átomos de hélio (He), que é irradiada
na forma de luz e calor por todo o seu entorno. Explicam que com a preocupação
formada em relação ao grande consumo de energia e a degradação do planeta,
fontes alternativas como o Sol se tornaram muito usadas em vários aspectos da
vida cotidiana transformando a energia solar em energia elétrica. As células
responsáveis por essa transformação são as fotovoltaicas, constituídas por
materiais semicondutores de alto custo, o que limita o uso em larga escala.
A seguir os autores sugerem que o professor, no caso o
leitor, ligue um relógio digital por meio de uma célula fotovoltaica de baixo
custo (um LED), para poder observar na prática a transformação da energia solar
em energia elétrica.
Dando continuidade os autores indicam a grande importância
dos materiais semicondutores na indústria eletrônica, por conta da
possibilidade de alteração de suas características elétricas de forma mais
“simples”. Não são totalmente isolantes, nem bons condutores, portanto podem
ser alterados se adicionados átomos diferentes a estes materiais, o que os
autores passam a explicam dando o exemplo do silício (Si/semicondutor) com o
fósforo (P/átomo diferente) e depois com o gálio (Ga). A partir dessas junções
é possível a formação de um novo material com excesso de elétrons (semi
condutor tipo n) ou com falta de elétrons (semi condutor tipo p)
respectivamente. Assim os autores podem dizer que uma célula fotovoltaica é a
junção do tipo n com o p.
Em
seguida, os autores explicam, que quando a luz, por ser constituída por fótons
com energia (E=hv, sendo h a constante de Planck e v a frequência da luz),
incide sobre a junção de np, eles penetram no material e podem ser absorvidos
pela banda de valência. Se a energia do fóton for da mesma ordem de grandeza da
diferença de energia das bandas, o elétron terá a possibilidade de alcançar a
banda de condução, estando livre para se mover. Em razão da presença de átomos
dopantes, os elétrons localizados na banda de condução se moveram para a região
n e os buracos da banda de valência, para a região p. Se um fio conectar as
duas regiões, haverá uma corrente que se movera da região com maior
concentração de elétrons, para a região de menor concentração (ddp). Para
entender melhor os processos da figura 2 e 3, os autores comparam com o que
ocorre na pilha, deixando o texto mais claro e de fácil entendimento.
Posteriormente,
os autores desenvolvem e explicam a utilização do LED usado como célula solar,
por ser muito mais acessível em termos de mercado e custo, citam que os
melhores resultados foram obtidos com o LED tipo 10 mm vermelho, com
encapsulamento transparente. O LED possui uma junção pn, estando o lado n preso
a um contato metálico, que também assume a função de um espelho refletor para
direcionar a luz. Já no lado p há apenas um fio estabelecendo o contato
elétrico entre o semicondutor e o outro terminal do LED, de modo a deixar
exposta a maior parte do semicondutor. A luz sai de onde houve uma combinação
de elétron e buraco, a energia liberada por um elétron que venha da banda de
condução para ocupar o buraco da banda de valência, é liberada em forma de
fóton, correspondendo ao valor de Eg.
Logo depois, os autores propõem a utilização do LED como um receptor de luz, apesar de o mesmo ser fabricado com o propósito de emitir luz. Entretanto, assim como a emissão de luz, a recepção é bem acentuada em torno de uma faixa de frequências, cuja energia esteja em torno de Eg. Fótons com energia muito distinta de Eg não são propriamente absorvidos. Os autores exemplificam com um LED emissor de luz verde, que será um bom receptor de luz verde, mas mal receptor de luzes de outros espectros. Dessa forma, os autores sugerem a utilização, nos experimentos, de fontes de luz como o Sol ou uma lâmpada incandescente, pois esses emissores possuem todas as frequências de luz.
O
experimento proposto pelos autores, é a utilização do LED como receptor de
fótons, para alimentar um rádio relógio. Para verificar a produção de tensão
elétrica do LED, basta liga-lo a um voltímetro e iluminar o LED com uma fonte
de energia intensa. O semicondutor do LED, por não passar de 1 mm², a corrente
gerada não passará de alguns microampères, logo é necessária uma carga
compatível, por esse motivo é sugerido o rádio relógio. Em seguida, os autores explicitam
passo a passo, a montagem do experimento, desde a retirada da bateria solar do
relógio, a ligada dos terminais do LED aos fios do relógio e a iluminação do
LED.
No ultimo paragrafo, os autores explicam o motivo de terem elaborado o artigo em questão. Muitos livros didáticos citam o uso das células fotovoltaicas, porém não fornecem detalhes sobre seu funcionamento ou sugestões para a prática do professor.
Em suma, os autores explicam de forma clara e direta, o funcionamento dos LED tanto como emissores e receptores de luz. E ilustram a praticidade do uso destes como receptores, em um experimento usando-os como alimentação para um rádio relógio.
No ultimo paragrafo, os autores explicam o motivo de terem elaborado o artigo em questão. Muitos livros didáticos citam o uso das células fotovoltaicas, porém não fornecem detalhes sobre seu funcionamento ou sugestões para a prática do professor.
Em suma, os autores explicam de forma clara e direta, o funcionamento dos LED tanto como emissores e receptores de luz. E ilustram a praticidade do uso destes como receptores, em um experimento usando-os como alimentação para um rádio relógio.
Bibliografia: http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol9/Num1/led.pdf
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