22/09/2013

A Crise na Europa

A crise na Europa foi ocasionada pela dificuldade de alguns países europeus de pagar suas dívidas. Grandes problemas fiscais ocorreram na zona do euro, que por exemplo na Grécia, gastaram mais dinheiro do que arrecadaram, causando e acumulando dívidas. Chegando ao ponto de que as dívidas da Grécia estavam tão altas, que ultrapassaram o tamanho de seu economia.
Os países mais afetados e em situações mais delicadas são chamados de PIIGS, que representa a Grécia, Espanha, Itália, Irlanda e Portugal. Estes foram os países que atuaram de maneiras mais inadequadas nos gastos públicos e obtiveram grandes dívidas. Além disso, possuem grande diferenças na relação dívida e o PIB e com elevado déficits, não conseguiram gerar grande crescimento econômico suficiente. Portanto não possuem reservas para poder honrar suas dívidas, causando grande desconfiança e descontentamento dos investidores.
Contudo, a União Europeia vem tomando providências para tentar controlar a crise, mas ocorre de maneira mais devagar, já que é necessário o assentimento e a concordância dos outros países. As medidas que foram estabelecidas, consiste na liberação de pacotes de regaste para os países de maior dificuldade, na tentativa de balancear a crise. Junto com o Fundo Monetário Internacional, desembolsaram mais de 100 bilhões de euros para a Grécia e a Irlanda e Portugal também receberam ajuda, que mesmo assim continuaram passando por dificuldades. Também adotaram outra medida que foi o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, facilitando os processos de empréstimos. Porém, as ações tomadas foram criticadas por apenas solucionar o problema superficialmente, sem resolver de maneira eficaz e definitiva.


As consequências dessa crise foram a diminuição dos salários e cortes de benefícios sociais que representaram a gota d'água para os trabalhadores europeus, que fizeram manifestações e repercussão na mídia. Além disso, com altas taxas de desempregos, muitos europeus deixaram seus países de origem para buscar melhores condições de vida. Totalizando mais 1 milhão que estão partiram desde 2008 e tal fato é considerado o maior exôdo do Velho continente em meio século.

desemprego na Europa
Reflexões sobre a crise:

Os economistas que seguem Keynes dizem que “a crise transforma todos em keynesianos”. A solução para a crise da Europa passará pelas prescrições de John Maynard Keynes?

''Se por “solução” se entende um paliativo temporário que nos restitua, em cinco anos, os mesmos problemas que estamos vivendo agora – em maior intensidade –, então sim, sem dúvida. Mas, para mim, parece conceitualmente surreal pensar que uma crise causada por excesso de despesa pública possa ser resolvida com mais despesa pública. Margaret Thatcher costumava dizer que o problema do socialismo é que o dinheiro dos outros, mais cedo ou mais tarde, termina. Estamos numa fase, na Europa, em que o dinheiro dos outros terminou. Não temos mais alternativa.''
"Estou a arrumar as malas. Levo quase tudo. Já não sei se volto. Quem emigra quer voltar, mas muitos poucos voltam à base. Farto disto tudo, farto de estar desempregado, de nada servem estes canudos. Quando há trabalhos são sempre temporários, humilhantes, precários, os salários hilários. União Europeia a colapsar, Portugal a mergulhar nestes dias funerários. Vou-me embora, vou para Luanda. Já não há nada aqui pra mim. Isto já não anda nem desanda.'' - Rap meu país, composto por Valete.
''A desconfiança que a crise gerou entre os países ainda é muito grande, o que não é bom para quem se diz inserido em uma comunidade. Ainda é cedo para dizer se o programa de austeridade fiscal imposto aos países mais fragilizados vai melhorar os aspectos sociais. O cenário atual, com taxa de desemprego alta, migração em massa, crescimento baixo, vai influenciar as relações bilaterais no futuro. Mas hoje ainda é impossível dimensionar isso.'' avalia Lehmann.
“A crise da dívida europeia é a crise financeira mais séria desde os anos 1930, se não a mais séria da história”, afirmou o Presidente do Banco da Inglaterra, Mervyn King, em outubro de 2011.

representação da crise em forma de charge

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