A SUPERVALORIZAÇÃO DA IMAGEM E AS INFLUÊNCIAS DO CAPITALISMO
A sociedade
atual é muito diferente das sociedades antigas, pois busca incessantemente a estética, o
bem estar e a felicidade, propósitos muitas vezes difíceis de alcançar. Desde o dia em que o capitalismo começou a reger
a nossa vida tudo mudou. Contudo não ocorreram apenas mudanças econômicas ou
financeiras, mas também de um pensamento que entrou na cabeça de cada cidadão,
um pensamento que hoje infelizmente dita o modo de nossas vidas. Esse
pensamento é a supervalorização da imagem do ser humano.
A partir do momento em que
começamos a entrar no meio social e aprendemos o artifício da crítica, estamos
automaticamente sujeitos a nos autocriticar. A crítica às vezes é boa, pois nos
ajuda a distinguir o certo do errado, mas ela também nos mostra o que, no caso,
seria o bonito e o feio, e é aí que mora o maior problema
de todos: o fato de você não conseguir administrar a sua autocrítica e pensar
que você, mesmo sendo normal, está feio
ou gordo, por exemplo. Até certo
ponto, a preocupação com a própria imagem é saudável, porque ela contribui para
aumentar a autoestima, ajuda a preservar a saúde e até mesmo facilita a
ascensão profissional. Porem, a partir de determinado estágio, esse
comportamento deixa de ser motivo de orgulho e realização pessoal e passa a
gerar sentimentos como ansiedade e tristeza.
Desde a antiguidade as pessoas
se preocupam com sua imagem, buscando estarem sempre dentro dos padrões. Na
Renascença, as mulheres “gordinhas” estavam em alta; na Era Vitoriana a
mulheres buscavam as cinturas mais finas possíveis; as mulheres curvilíneas,
como Marilyn Monroe, foram o padrão da década de 50, enquanto na década de 60 a
lei era “quanto mais magra melhor”. Hoje em dia não só as mulheres mas também
os homens buscam corpos “sarados” e magros.
Observando a cronologia dos parâmetros de
beleza impostos ao longo dos anos é fácil perceber como não existe linearidade,
o que era belo ontem hoje já não é mais, porém um fator se destaca, sendo a
constante nessa historia: as pessoas estão sempre em busca de algum ideal,
sempre perseguindo a “perfeição”. Essa
mudança constante dos ideais de imagem é fundamental para sustentar o
consumismo.
Assim, o
incentivo ao consumo de novos produtos “milagrosos” que
ajudarão as pessoas a atingirem o tão desejado “padrão da vez” é o que move a
mídia e essa indústria da beleza, que impõem os ideais de estética para que
cada vez mais pessoas busquem cosméticos, academias, cirurgias plásticas e até
mesmo substâncias nocivas ao ser humano, tudo para atingir esses parâmetros.
Uma pesquisa realizada no estado de São Paulo mostra que uma em cada cinco
mulheres sofre de algum tipo de transtorno devido à sua imagem corporal.
“As mulheres
querem seduzir os homens com um corpo que está longe da preferência masculina”.
A
frase acima mostra que as mulheres estão buscando um ideal de beleza baseado
nas modelos internacionais, no qual se têm mulheres magras e com feições finas,
enquanto que o ideal que a maioria dos homens busca nas mulheres é o de uma
mulher normal, nem magra nem gorda, apenas natural.
E
essa prioridade excessiva dada à estética tem tudo para continuar se difundindo
cada vez mais na sociedade, uma vez que somos dominados por mídias que criam um
modelo central que deve ser seguido. Ao que parece, não é e dificilmente será
interessante para as empresas estimular a saúde dos indivíduos, a não ser que essa
venha por um produto inovador e que prometa um corpo ideal a seus usuários. O
futuro, portanto, que queremos que seja um tempo no qual a grande valorização
imagem não tenha tanta importância para as pessoas, na verdade dá cada vez mais
indícios de um agravamento dessa situação, posto que a propaganda de massas já
tornou o corpo ideal um desejo mundial.
Por:
Nathalia Goes - nº28
Joyce Marina - nº 16
Rider Platon - nº 35
Thor Cortes - nº 37
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