O darwinismo social apoiava-se em modelos teóricos
desenvolvidos pelo cientista inglês Charles Darwin, onde suas teorias sobre a
evolução das espécies foram adaptadas para o princípio a partir do qual as
sociedades se modificam e se desenvolvem de forma semelhante, segundo um mesmo
modelo e que tais transformações representariam sempre a passagem de um estado
inferior para outro superior, criando o conceito da existência de diferentes
raças humanas, com a raça branca sendo a evolução das demais espécies e, portanto
deveriam, através da colonização, impor sua cultura aos povos menos evoluídos,
numa espécie de “missão civilizatória”, como foi chamada.
Tais práticas tiveram extensa repercussão nas culturas
africanas e asiáticas, não somente em seus territórios, mas também em
território europeu, criando uma imensa desigualdade social e muito preconceito
por parte das nações imperialistas, que duram até os dias de hoje.
Apesar de o darwinismo social ter sido muito disseminado no
século XIX como um pretexto para os interesses capitalistas dos países
imperialistas, ele ainda é aplicado nos dias de hoje. Temos exemplos recentes,
como as invasões americanas ao Afeganistão e ao Iraque, que eram maquiadas com
propaganda que dizia que os americanos levariam princípios humanitários e
libertários a esses países, o que incita as diferenças sociais como diferença
de graus de desenvolvimento e evolução, tal como vimos no darwinismo social. Da
mesma forma os regimes fascistas do século XX utilizaram a teoria darwinista
como uma justificativa para o uso de violência física política e ideológica
contra judeus, ciganos, homossexuais e estrangeiros em geral, criando a ideia
da superioridade e evolução do povo ariano sobre as demais raças.
Arthur Prado Neves nº:2 Mozart
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