01/06/2013

MIT cria lápis que permite desenhar circuitos eletrônicos funcionais


Resenha
MIT cria lápis que permite desenhar circuitos eletrônicos funcionais
Filipe Garrett
Massachusetts Institute of Technology




O texto de autoria de Filipe Garrett, para o site TechTudo, informa os leitores sobre a criação de um objeto nada convencional: um lápis capaz de desenhar circuitos eletrônicos. Como explica o autor, trata-se de um lápis desenvolvido pelo Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) com a mina (parte interior) feita de um material condutor chamado grafeno. O que ocorre, conforme explica Filipe, é que dois terminais metálicos podem ser ligados num circuito devido a pequenas partículas desse material. Ou seja, basta desenhar o “caminho” entre os dois terminais, e ocorre automaticamente a passagem de corrente elétrica entre eles.


O autor então compara essa invenção com um lápis comum, explicando que no lápis comum a mina é de grafite, que é obtido através quando se sobrepõem várias camadas de grafeno. Ressalta ainda que no lápis desenvolvido pelo MIT, o grafeno está comprimido num único nanotubo, e isso o torna similar ao grafite quanto ao seu comportamento. Mas o que o torna útil na criação de circuitos é a propriedade de uma boa condutividade elétrica desse material, algo que o grafite não possui usado no lápis comum não possui (a condutividade do grafite é pouca, mas existe).

O autor explica como a lapiseira funciona e cita uma particularidade do grafite feito com um único nanotubo de carbono, ao riscar uma superfície, na verdade, será traçado um circuito eletrônico, semelhante a um filamento de cobre (Cu) no PCB de uma placa, o risco será composto por um único filamento de nanotubo de carbono.


Em seguida ele explica como essa lapiseira pode funcionar quimicamente já que o grafeno é altamente condutivo. Com  a adição de algumas substâncias, como a amônia, o material sofre alterações dramáticas em seu comportamento ao ser submetido a uma corrente elétrica, ou seja, com a amônia o grafeno para de conduzir energia, assim ele aumenta sua resistência, fazendo do nanotubo um resistor comum.

Por fim, o autor conta que o grafeno já era utilizado em circuitos eletrônicos antes dessa invenção, porém ressalta que desta vez a facilidade na produção e aplicação de nanotubos feitos do material é muito maior, e é por isso que essa nova ideia é tão interessante. Até então, como explica Filipe, o uso do grafeno implicava em grandes riscos devido á necessidade da dissolução deste em outras substâncias químicas pesadas, além de altos custo por causa da dificuldade de sua produção. Conclui então que o lápis desenvolvido no Instituto de Massachusetts surge como uma boa solução para todos esses problemas, e possibilita que essa tecnologia seja usufruída na área da eletrônica.


Aqui um vídeo demonstrando um circuito elétrico feito com grafite, que apesar de não conduzir a eletricidade tão bem quanto o grafeno, ainda sim a conduz:






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