A Crise na Europa
A crise na Europa foi ocasionada pela dificuldade de alguns países
europeus de pagar suas dívidas. Grandes problemas fiscais ocorreram na zona do
euro, que por exemplo na Grécia, gastaram mais dinheiro do que arrecadaram,
causando e acumulando dívidas. Chegando ao ponto de que as dívidas da Grécia
estavam tão altas, que ultrapassaram o tamanho de seu economia.
Os países mais afetados e em situações mais delicadas são chamados de
PIIGS, que representa a Grécia, Espanha, Itália, Irlanda e Portugal. Estes
foram os países que atuaram de maneiras mais inadequadas nos gastos públicos e
obtiveram grandes dívidas. Além disso, possuem grande diferenças na relação
dívida e o PIB e com elevado déficits, não conseguiram gerar grande crescimento
econômico suficiente. Portanto não possuem reservas para poder honrar suas
dívidas, causando grande desconfiança e descontentamento dos investidores.
Contudo, a União Europeia vem tomando providências para tentar controlar
a crise, mas ocorre de maneira mais devagar, já que é necessário o assentimento
e a concordância dos outros países. As medidas que foram estabelecidas,
consiste na liberação de pacotes de regaste para os países de maior dificuldade,
na tentativa de balancear a crise. Junto com o Fundo Monetário Internacional,
desembolsaram mais de 100 bilhões de euros para a Grécia e a Irlanda e Portugal
também receberam ajuda, que mesmo assim continuaram passando por dificuldades.
Também adotaram outra medida que foi o Fundo Europeu de Estabilidade
Financeira, facilitando os processos de empréstimos. Porém, as ações tomadas
foram criticadas por apenas solucionar o problema superficialmente, sem
resolver de maneira eficaz e definitiva.
As consequências dessa crise foram a diminuição dos salários e cortes de
benefícios sociais que representaram a gota d'água para os trabalhadores
europeus, que fizeram manifestações e repercussão na mídia. Além disso, com
altas taxas de desempregos, muitos europeus deixaram seus países de origem para
buscar melhores condições de vida. Totalizando mais 1 milhão que estão partiram
desde 2008 e tal fato é considerado o maior exôdo do Velho continente em meio
século.
desemprego na Europa |
Reflexões sobre a crise:
Os economistas que seguem Keynes dizem que “a crise transforma todos em
keynesianos”. A solução para a crise da Europa passará pelas prescrições de
John Maynard Keynes?
''Se por “solução” se entende um paliativo temporário que nos restitua,
em cinco anos, os mesmos problemas que estamos vivendo agora – em maior
intensidade –, então sim, sem dúvida. Mas, para mim, parece conceitualmente
surreal pensar que uma crise causada por excesso de despesa pública possa ser
resolvida com mais despesa pública. Margaret Thatcher costumava dizer que o
problema do socialismo é que o dinheiro dos outros, mais cedo ou mais tarde,
termina. Estamos numa fase, na Europa, em que o dinheiro dos outros terminou.
Não temos mais alternativa.''
"Estou a arrumar as malas. Levo quase tudo. Já não sei se volto.
Quem emigra quer voltar, mas muitos poucos voltam à base. Farto disto tudo,
farto de estar desempregado, de nada servem estes canudos. Quando há trabalhos
são sempre temporários, humilhantes, precários, os salários hilários. União
Europeia a colapsar, Portugal a mergulhar nestes dias funerários. Vou-me
embora, vou para Luanda. Já não há nada aqui pra mim. Isto já não anda nem
desanda.'' - Rap meu país, composto por Valete.
''A desconfiança que a crise gerou entre os países ainda é muito grande,
o que não é bom para quem se diz inserido em uma comunidade. Ainda é cedo para
dizer se o programa de austeridade fiscal imposto aos países mais fragilizados
vai melhorar os aspectos sociais. O cenário atual, com taxa de desemprego alta,
migração em massa, crescimento baixo, vai influenciar as relações bilaterais no
futuro. Mas hoje ainda é impossível dimensionar isso.'' avalia Lehmann.
representação da crise em forma de charge |
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