As pilhas são constituídas de polos positivos e negativos, assim, respectivamente, cátodo e ânodo, formando as semirreações e reação:
Semirreação do Ânodo: Zn(s) + 2 OH1-(aq) → ZnO(s) + 2 H2O(l) + 2e-
Semirreação do Cátodo: HgO(s) + H2O(l) + 2e- → Hg(l) + 2 OH1-(aq)
Reação Global: HgO(s) + Zn(s) → ZnO(s) + Hg(l)
Aspecto negativo -> Como desvantagem a pilha mercurio- zinco causa diversos problemas ambientais, tendo de ser descartadas em lugares apropriados, e não nos resíduos domésticos. Além do fato de ser prejudicial à saúde, ataca o sistema nervoso e causa doenças como a "a sindrome do chapeleiro maluco" uma doença que era muito comum naquelas pessoas que trabalhavam na manufatura de chapéus. Um metal extremamento tóxico era usado na produção dos chapéus e sem conhecimento sobre o perigo os operários inalavam o mercúrio, desenvolvendo assim a síndrome, com sintomas neurotoxicológicos como tremores, perda de coordenação, depressão, irritabilidade e ansiedade, entre outros.
Curiosidade:
O físico italiano, Alessandro Volta, realizou vários experimentos e notou que teoria anterior sobre pilhas (da eletricidade animal, envolvendo metais e músculos de rã), de Luigi Galvani, estava incorreta. Ele percebeu que quando a placa e o fio eram constituídos do mesmo metal, as convulsões não apareciam, mostrando que não havia fluxo de eletricidade. Assim, ele passou a defender o conceito (correto) de que a eletricidade não se originava dos músculos da rã, mas sim dos metais e que os tecidos do animal é que conduziam essa eletricidade.
Para provar que estava correto, Volta fez um circuito formado por uma solução eletrolítica, ou seja, uma solução com íons dissolvidos, que ele chamava de condutor úmido ou condutor de segunda classe, colocados em contato com dois eletrodos metálicos. Esses últimos, Alessandro Volta designava de condutores secos ou condutores de primeira classe.
Ele fez isso por colocar um condutor úmido (que era uma solução aquosa salina) entre dois condutores secos (que eram metais ligados por um fio condutor). Nesse momento ele observou que se despertava o fluxo elétrico. Ele passou a entender também que dependendo dos metais que ele utilizava, o fluxo da corrente poderia ser maior ou menor. Desse modo, podemos admitir que a ideia do que é uma pilha já estava sendo entendida e explicada por Volta.
Em 1800, Volta criou a primeira pilha elétrica que passou a ser chamada de pilha de Volta, pilha Galvânica ou pilha voltaica e, ainda, “rosário”. Um esquema dessa pilha é mostrado abaixo: ele colocou um disco de cobre por cima de um disco de feltro embebido em uma solução de ácido sulfúrico e, por último, um disco de zinco; e assim sucessivamente, empilhando essas séries até formar uma grande coluna. O cobre, o feltro e o zinco tinham um furo no meio e eram enfiados numa haste horizontal, sendo assim conectados por um fio condutor.
Esse experimento causou reviravoltas no mundo científico e a partir daí todos os aparelhos que produziam eletricidade a partir de processos químicos (ou seja, que produziam energia química em energia elétrica) passaram a ser chamados de celas voltaicas, pilhas galvânicas ou, simplesmente, pilhas.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfjtAAH/sindrome-chapeleiro-maluco-msc-prof-m-p-cortes
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