20/10/2013

Nunca é tarde para aprender – A concretização da memória


    Refletindo sobre a sociedade atual e a sociedade que gostaríamos de ter, escolhemos o tema da alfabetização no Brasil e suas consequências. Como a concretização das memórias é afetada pelas falhas do sistema nacional, temos uma desigualdade social profunda e uma educação que só é eficaz para aqueles que podem compra-la. A falta da alfabetização esta diretamente relacionada a limitação da memória. Como passar suas vivencias sem saber ler e escrever?
    
   Inicialmente iremos discutir essa questão analisando um projeto municipal chamado Parceiros do saber, que aceita alunos a partir de 15 anos, não tem diploma do ensino fundamental ou nenhum conhecimento. Depois que os alunos desenvolvem técnicas de dominação da linguagem, são encaminhados ao EJA (Educação de jovens e adultos) e recebem seu diploma de conclusão do ensino fundamental. Esse projeto foi criado com o objetivo de minimizar a taxa de analfabetos do Brasil, que vinha diminuindo desde 1992. Infelizmente em 2012 as taxas voltaram a aumentar, segundo o IBGE . Mantendo contato com seus alunos (em geral acima de 50 anos) e a equipe educacional, pretendemos entrevista-los e assim entender as dificuldades vividas diariamente.

     Queremos mostrar que a própria sociedade preconceituosa paga pela falta do seu passado histórico, tendendo a cometer os mesmos erros cometidos anteriormente. Esse assunto não é valorizado e raramente discutido, pois ignoramos sua importância. A sociedade atual é totalmente oposta ao que deveria ser. Vivemos numa sociedade sem sonhos, que não visa avanços econômicos, sociais e culturais. Camadas sociais que não acreditam em si mesmos, pois a sociedade os rotula como inferiores. A população se acomoda e acha normal a falta de comunicação. Sem saber de onde viemos, o que passamos, possivelmente não saberemos para onde iremos e o que podemos enfrentar; isso causa uma confusão naqueles que só ouvem e não são ouvidos. Aqueles que foram esquecidos e isolados socialmente, que fariam a diferença se tivessem oportunidades.
     
   A sociedade que almejamos é uma sociedade livre de preconceitos e barreiras. Ela compreenderia todas as camadas sócias, sem exclui-las e impor rótulos. Queremos mostrar que grupos como Parceiros do Saber estão encaminhando a sociedade para o verdade progresso: que não é econômico e sim cultural. Viver em um mundo no qual a ideologia do saber pelo saber realmente importa. Um mundo que o conhecimento não é mercadoria, e sim um direito de todos 
"Buscamos maneiras de defender tudo aquilo que a sociedade prega contra, de mostrar que existe o respeito e que as diferenças sim são superficiais e não as pessoas." – Autor Desconhecido


Amanda Salgado n1
Catharina Russo n6
Nicole Maccheri n29
Thais Parra n36
Julia Machado n39

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