21/03/2013

Tragédia da boate KISS


A Boate Kiss, está localizada no centro da cidade de Santa Maria-RS, e no dia 27 de janeiro foi alvo de um dos maiores acidentes com mortes da história de nosso país.
A festa daquele dia, chamada de Agromerados, teve início às 23 horas e tudo indicava uma noite tranquila na cidade. Às 3 horas da manhã, a banda Gurizada Fandangueira subiu ao palco e inciou seu show. Após alguns minutos, o vocalista da banda, Marcelo Santos, acendeu um sinalizador de uso externo utilizado como parte do show, ao soltar faíscas, o sinalizador atingiu o teto da boate, incendiando a espuma de isolamento acústico, que não tinha proteção contra fogo. Os integrantes da banda e os seguranças tentaram apagar as chamas com água e extintores, mas não obtiveram sucesso. Em cerca de três minutos, a fumaça espessa se espalhou por toda a boate.
A casa noturna não possuía saídas de emergência, apenas uma saída na fachada, que devido a diversas alterações do proprietário  dificultaram muito o deslocamento das vítimas, ocasionando as mortes. Muitas pessoas confundiram as portas dos banheiros com saídas de emergência, e graças a isso muitas morreram asfixiadas antes de conseguir chegar à saída.
Naquela noite morreram mais de 241 pessoas, e 123 ficaram feridas.
O esperado pela população quando se ocorre um incêndio é que as pessoas morram queimadas, porém a grande maioria das pessoas nem teve contato com as chamas, a causa do óbito da maioria das pessoas foi à intoxicação pela fumaça liberada pelo material que revestia o teto da boate.
O material de revestimento usado na boate era uma espuma de colchão  muito utilizada em revestimentos acústicos, e ao ser queimado liberava gás cianeto e monóxido de carbono. Em contato com os gases nosso organismo é capaz de neutralizar o cianeto combinando-o com enxofre para formar tiocianato, por sua vez sendo eliminado na urina. Em quantidade demasiada, o cianeto excedente se une à enzima citocromo oxidase das hemácias, causando privação de oxigênio para as células o que acarreta a morte por parada cardíaca e respiratória uma vez que o cérebro e o coração são órgãos vitais, que dependem de muito oxigênio.

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