A Era das Revoluções na França era baseada no Liberalismo, que era contra o Antigo Regime absolutista visava liberdade nas esferas civil, política e econômica para as classes inferiores (burguesia, proletariado e camponeses).
Porém, a burguesia usou as outras classes, afirmando que o rei era um inimigo em comum e que, se houvesse uma união de classes, eles deteriam o absolutismo e, ao derrubar o rei, apenas a Alta Burguesia teve privilégios, se auto-atribuindo o poder. Após o Congresso de Viena, que reimplantou a monarquia, a França passou a ter uma Monarquia Constitucional (considerada meio termo entre absolutismo e monarquia), na qual havia Parlamento, Constituição, mas o voto era censitário (apenas a parte com maior poder aquisitivo - 0,04% - da população poderia votar).
Houve uma revolta, liderada pelos burgueses com menos riquezas, que ficaram de fora desses privilégios, chamado de "Banquetão", que seria uma reunião do povo para derrubar a Alta Burguesia. O rei burguês respondeu, enviando tropas do exército para evitar o evento, porém o povo convenceu os soldados a participar desse banquete, derrubando a Monarquia Constitucional, dando início à Segunda República Francesa. Após conquistar seus direitos (aumento para 7% da faixa de renda a que era concebido o direito ao voto), a Média Burguesia também abandonou as outras classes, atendendo a seus próprios interesses, quebrando então a unidade de classes. A burguesia mostrou sua verdadeira cara, acomodando-se e passando de revolucionária a conservadora.
Túlio Carvalho
Revolução de 1830
Após o congresso de Viena, na França os Bourbons assumiram novamente o poder monárquico, sob o governo de Luís XVIII (reinou de 1815-1824), após Luis XVIII quem assume o poder é Carlos X. Com a ascensão de Carlos X ao poder, a Franca passou a reviver o absolutismo de direito divino, o favorecimento a nobreza, através de privilégios, sendo desta forma um governo centralizado, contra os interesses burgueses. Em meio a tantas medidas que compunham um absolutismo exagerado, surge como consequência ao governo de Carlos X, a revolução de 1830.
A revolução de 1830, ocorrida em Julho deste mesmo ano, pode ser caracterizada como uma serie de levantes contra Carlos X, por parte do povo, sendo liderados pela burguesia liberal. Em meio a esta revolução surgem levantes populares nas ruas de Paris, levantando-se barricadas transformando tais levantes em uma guerra civil. Tais revoltas tomaram extrema força de modo que a própria guarda nacional aderiu aos ideais burgueses, sendo contraria ao monarca Carlos X.
Em meio a tantas pressões, Carlos X abdicou o trono Frances e exilou-se na Inglaterra. Após a abdicação, a alta burguesia colocou no poder o Luis Felipe de Órleans, conhecido posteriormente como ‘’Rei burguês’’, atendendendo principalmente os interesses da burguesia financeira. Luis Felipe repaginou a constituição, dando ênfase ao liberalismo, abolindo a censura e determinando que a religião católica deixasse de ser a oficial na frança.
Com isso é evidente que o ‘’Rei Burguês’’ governou conforme os interesses da alta burguesia, desagradando assim a grande massa urbana (o povo), uma vez que a falta de direito dos operários e as condições precárias de vida dos mesmos, cada vez mais se acentuaram. Com isso surge um sentimento de traição por parte do proletário, que se sente traído pela alta burguesia, tal sentimento desencadeou posteriormente, em 1848, um movimento de caráter revolucionário com grande participação do proletariado e com adesão da guarda nacional, que se alastrou pelo continente europeu, conhecido mais tarde como a primavera dos povos.
Gustavo Mendes
Primavera dos povos
A primavera dos povos pode ser caracterizada como uma série de movimentos com caráter revolucionário, que ocorreram pela Europa, no ano de 1948, vale ressaltar também que tais movimentos possuíam interesses a favor dos ideais liberais, difundidos durante a revolução francesa, sendo desta forma opositora à forma de governo das monarquias absolutistas (antigo regime) e de um governo cercado de privilégios, sendo estes privilégios burgueses ou não. Para a explicação desse processo, é necessário analisar alguns pontos que o antecederam, como a revolução de 1830, ocorrida na França, explicada anteriormente.
Basicamente, a primavera dos povos se resume em uma onda de movimentos liberais por parte de um proletariado que buscava ter seus interesses atendidos, tais ondas de movimento se alastraram pela Europa, tendo repercussões em diversos países europeus. O proletário passa a defender interesses contrario aos burgueses, diferentemente do ocorrido em 1830, desta forma o proletário passa a formar a classe revolucionaria, lutando contra outra classe, a reacionária (formada pela burguesia). Com isso os operários passam a reivindicar seus direitos, entre eles, o de escolher seus representantes no parlamento. Tais buscas pelo interesse do povo acabaram acarretando no surgimento de doutrinas políticas, entre elas, há o aparecimento do socialismo utópico.
Enfim, a primavera dos povos foi cercada de acontecimentos, sendo eles de interesses distintos por parte da burguesia e do proletariado. De um lado a burguesia buscava a consolidação da ordem capitalista (com privilégios a alta burguesia) e de outro lado estava a grande massa operaria, em busca de uma sociedade mais justa e igualitária, com melhores condições de vida. Por fim, eh possível perceber uma grande mudança em relação ao ocorrido em 1830, uma vez que em 1830 burguesia e proletário estavam participando de uma revolução com interesses mútuos, porem em 1848, o quadro inverteu, proletário defende interesses inversos aos burgueses.
Evaldo Neto
Revolução Francesa
No século XVIII, a situação da França era de uma grande injustiça social. Os impostos eram pagos somente pelo terceiro estado, que era formado por camponeses, trabalhadores urbanos e a pequena burguesia comercial. Nessa época, a frança mantinha um regime absolutista, onde o Rei controlava desde a economia até a religião que os seus súditos iriam seguir, e quem se opunha a este regime era preso na Bastilha ou condenado à morte. Os trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, por isso eles desejavam melhorias em sua qualidade de vida e de trabalho.
A situação social estava tão ruim e a insatisfação da população pertencente ao terceiro estado tão grande que foi iniciada uma nova revolução: O povo foi às ruas para tentar tomar o poder e tirar o Rei Luis XVI do trono. O início da Revolução Francesa se deu com a 'Queda da Bastilha', em 14/07/1789, este também foi o marco desta revolução, pois a Bastilha era o símbolo de poder da monarquia francesa.
Durante os conflitos, muitos nobres deixaram a França, porém a família real foi capturada durante a sua tentativa de escape. O Rei e sua esposa, Maria Antonieta, foram condenados à pena de morte pelos revolucionários e guilhotinados em 1793. Em agosto de 1789, a Assembleia Constituinte promulgou a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, documento que visava os direitos iguais entre os cidadãos e uma maior participação política para todos.
Girondinos e Jacobinos: Após a revolução, o terceiro estado se divide em dois partidos com opiniões diferentes. Os Girondinos representavam a alta burguesia, e queriam evitar a participação dos trabalhadores urbanos e rurais na política, já os Jacobinos representavam a baixa burguesia, e queriam uma maior participação dos mesmos na política, estes eram liderados por Robespierre e Saint-Just, eles eram radicais e queriam profundas mudanças na sociedade, para que os pobres fossem tão beneficiados quanto os ricos.
Em 1792, os radicais liderados por Robespierre - Danton e Marat - assumem o poder, estes recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo, algo que fugia um pouco ao foco de acabar com o domínio de uma única classe no governo. Muitos nobres foram condenados à morte nessa época. A violência é a característica principal desta época.
Em 1795, os girondinos assumem o poder e instalam um governo burguês na França, é criada uma nova constituição visando garantir os direitos político e econômicos das pessoas desta classe. Napoleão Bonaparte é colocado no poder após o golpe 18 de Brumário, pretendendo implantar um governo Burguês, e é instaurada uma nova ditadura no país.
A Revolução Francesa ainda mostra seus efeitos hoje em dia, o povo recebeu direitos sociais e ampliou sua autonomia. A vida dos trabalhadores melhorou consideravelmente, enquanto a burguesia conseguiu garantir seu domínio social. Os ideais políticos da França antes da Revolução também tiveram influência na independência de alguns países, como o Brasil.
Bruno Lopes
A Revolução Industrial
Esta revolução teve início na Inglaterra, no século XVIII, em decorrência da mecanização dos sistemas de produção. Com esta revolução, tudo ligado a produção de bens mudou, enquanto na Idade Média o artesanato era a principal forma de produção, na Idade Moderna isto mudou. A burguesia industrial buscou várias alternativas para melhorar e aumentar a produção de mercadorias, para suprir o crescimento populacional da época.
A Inglaterra foi o país pioneiro no processo de Revolução Industrial, pois os ingleses possuíam grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, e esta era a principal fonte de energia para fazer as máquinas a vapor funcionarem. Além do carvão, as pessoas da terra inglesa também possuíam grandes reservas do minério de ferro, que era a principal matéria-prima do período, utilizada para fabricar máquinas e fazer diversos utensílios. A Inglaterra também possuía uma enorme mão-de-obra disponível em seu território.
A burguesia inglesa tinha capital para financiar fábricas, matéria-prima, máquinas e para a contratação de empregados. O mercado consumidor do país também era muito ativo, o que com certeza contribuiu para o sucesso do país em seu pioneirismo.
A principal marca da Revolução Industrial foram os avanços na tecnologia, o século XVIII foi marcado por um grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. Com máquinas a vapor (principalmente os gigantes teares), o modo de se produzir os bens mudou drasticamente, colocando as máquinas no lugar dos homens, com seus altos e baixos: A diminuição do preço das mercadorias o aumento do índice de desempregados, respectivamente.
Os transportes também mudaram bastante, impondo as locomotivas a vapor - mais conhecidas como 'Maria Fumaça' - e os trens a vapor. Estes acarretaram o aumento de transportes de pessoas e mercadorias num tempo mais curto e com custos significativamente menores.
No início da revolução, as fábricas não apresentavam um ambiente de trabalho nem um pouco convidativo, com ambientes sujos, condições de trabalho muito precárias e salários muito baixos, em decorrência dos baixos salários, veio o trabalho infantil e feminino. O período de trabalho dos operários chegava até 18 horas por dia, e os mesmos estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Os direitos trabalhistas não existiam, portanto, férias nem pensar, e muito menos auxílio doença. Quando as pessoas estavam desempregadas, não tinham auxílio algum, e passavam por situações muito difíceis se não fizessem parte de uma família endinheirada.
Em muitos países da Europa, os trabalhadores se reuniram e organizaram os primeiros protestos para reclamar por melhores condições de trabalho e uma jornada menos, com isso, surgiram os 'trade unions', ou sindicatos, visando melhorar os aspectos dos quais os funcionários tanto reclamavam.
Conhecidos como 'quebradores de máquinas', os ludistas eram pessoas que tinham o 'costume' de invadir fábricas e destruir máquinas, como forma de protesto e revolta pela situação que os empregados passavam.
A Revolução tornou a produção de bens mais eficiente, com produtos feitos mais rapidamente, e custando menos, porém, o número de desempregados também aumentou nas mesmas proporções. A poluição ambiental e sonora aumentou muito, e o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram consequências nocivas. Nós sentimos os impactos desta revolução até hoje em dia, com o desemprego, principalmente em países em desenvolvimento.
Mathews O'Hara
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