04/04/2013
Dossiê História - As condições de vida do proletariado durante a Revolução Industrial - Ricardo Baddini
A Inglaterra, no decorrer da Revolução Industrial, passava por um momento muito agitado. Cidades crescendo, população urbana aumentando, aparecimento de fábricas e, com isso, duas classes sociais tipicamente capitalistas: a burguesia, aquela que comandava toda essa produção, e o proletariado, explorado pela primeira.
Como já era de se esperar em um mundo onde o capitalismo se alonga de forma desenfreada, as condições de vida do proletariado durante esse período eram as mais precárias possíveis. Realizavam o trabalho por própria subsistência, em péssimas condições e jornadas extremamente longas - chegavam a 16 horas de trabalho diário - trabalhando até seu limite físico e psicológico. Foram obrigados a trabalhar de forma ininterrupta, para que seu trabalho rendesse.
Não eram apenas os homens adultos que trabalhavam nessas condições. Como o salário era demasiado baixo, para sustentar sua família, todos da casa trabalhavam. Isso ficou conhecido como sistema “cama quente”: enquanto um integrante da família chegava em casa para descansar, outro levantava da cama para ir trabalhar. Assim, a cama nunca ficava sem ninguém sobre ela.
Crianças e mulheres eram a mão de obra mais procurada por certos burgueses. Considerados mais “dóceis” que homens já adultos, eram também mais baratos, gerando um desemprego dos outros indivíduos. Dessa forma, a fome e a miséria surgem rapidamente, assim como doenças como a cólera, o tifo, e diversas outras.
Muitos operários acreditavam na ideia criada pela burguesia que, quanto mais trabalhassem, mais ganhariam. Entretanto, outros, desesperançados e vivendo na extrema pobreza, buscam refúgio no alcoolismo e suicídio, e as mulheres na prostituição.
Outros porém, viam a rebelião como saída. Greves e revoltas foram caminhos escolhidos por eles e também formaram os sindicatos (chamados de Trade Unions), grupos de imensa importância que visam justamente melhorar as suas condições de vida.
Devemos lembrar que, no momento em que o trabalhador se vê como um integrante da sociedade, responsável por mudá-la, o confronto não será mais o “pobre” contra o “rico”, mas sim um “explorado” consciente lutando contra seu “explorador”.
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