05/04/2013

Primavera dos Povos - Arthur Prado

Após o fim da era napoleônica, as monarquias européias se reuniram no congresso de Viena para tentar impedir que as ideias liberais e revolucionárias lançadas pela revolução se espalhassem pela Europa. Diversas decisões foram tomadas, porém não conseguiram conter a marcha das revoluções liberais que tomariam conta da Europa, apoiadas pelo surgimento das tendências nacionalistas e socialistas.

Uma série de colheitas ruins geraram uma crise economica, causando súbito aumento no preço dos alimentos e consequentemente a demissão de operários nos centros urbanos. Lembrando que nesse mesmo ano de 1848 foi lançado por Karl Marx o Manifesto Comunista, uma série de levantes liderados pelo proletariado e pelo campesinato que exigiam melhores condições de vida e de trabalho. Se opondo aos regimes monárquicos, diversas capitais européias foram tomadas por barricadas. Milhares de trabalhadores se espalhavam por cidades da França, dos Estados Alemães, da Áustria entre outros centros urbanos. Apesar de todo o esforço, a "Primavera" não conseguiu transformar completamente a Europa, porém conseguiram demonstrar a nova corrente politica que estava sendo criada.

A maior parte das revoltas foram controladas e sufocadas pela chegada da segunda revolução industrial e de uma calmaria econômica que se seguiria nos anos seguintes. Os regimes autoritários sobreviveriam até o inicio da Primeira Guerra Mundial, quando finalmente a ordem estabelecida em Viena chegaria a um fim.

A Primavera dos Povos seria capaz de mostrar a nova ordem burguesa o potencial de mobilização do proletariado em volta de seus interesses e projetos políticos.


Barricadas nas ruas de Paris durante a revolução de 1848

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