26/05/2013

A Questão do Mercúrio em Lâmpadas Fluorescentes

A Questão do Mercúrio em Lâmpadas Fluorescentes 

(Artigo realizado por Walter Alves Durão Júnior e Cláudia Carvalhinho Windmöller)

A Questão do Mercúrio em Lâmpadas Fluorescentes

O mercúrio pode acumular com certa facilidade nos organismos vivos ao longo da cadeia alimentar, processo conhecido como biomagnificação. Não é conhecida
nenhuma função que seja considerada essencial para o organismo humano que provenha do mercúrio. O acúmulo de mercúrio em peixes de águas contaminadas podem resultar em risco para o homem e para os animais que se alimentam dele.
Derrames de mercúrio no ambiente podem ocorrer por processos naturais ou antrópicos (causados pelo homem). 

Processos Naturais:

- Gaseificação da crosta terrestre;
- Emissões vulcânicas e evaporação natural de corpos d'água

Processos Antrópicos:

- Mineração de ouro e prata;
- Produção a partir do cinábrio que é a queima de combustíveis fósseis, fabricação de cimento etc.



Lâmpadas de Mercúrio


O autor diferencia elas em em dois grupos:

a) Lâmpadas que contem mercúrio que são as lâmpadas fluorescentes (tubulares e compactas)e lâmpadas de descarga (mista, vapor de mercúrio, vapor de sódio e vapor metálico);
 b) e ainda as lâmpadas que não contêm mercúrio (lâmpadas incandescentes e halogenadas/dicróicas).

Dentre as Lâmpadas que não contêm mercúrio, destacam-se as lâmpadas incandescentes. Elas são
compostas de uma ampola de vidro bastante fino preenchido com um gás inerte, em geral o argônio, e um fino filamento constituído de tungstênio e dentre as lâmpadas que contêm destacam-se as lâmpadas
fluorescentes como grandes poluidoras.

Segundo o autor, existem vantagens das lâmpadas que contêm mercúrio sobre as que não contêm. 
- Eficiência Luminosa de 3 a 6 vezes superior;
- Vida útil de 4 a 15 vezes mais longa
- 80% de redução no consumo de energia, assim gerando menos resíduos.


O autor ainda diz que lâmpadas fluorescentes, podem representar uma significativa economia doméstica, comercial e industrial. 



O que fazer com lâmpadas queimadas?

Os autores lembram que o descarte inadequada de UMA lâmpada pode causar danos irrelevantes para nosso ambiente porém lembra que no Brasil ocorre o descarte de cerca de 100 milhões de lâmpadas por ano. O custo da reciclagem e a descontaminação para o gerador de resíduo são de preços ainda muito elevados. No nosso país, uma tradicional empresa responsável pela descontaminação cobra em torno de R$0,60 a R$0,70 por lâmpada, nesse preço deve-se acrescentar ainda os custos de frete que variam de acordo com a distância e volume, mas o transporte pode elevar SIGNIFICATIVAMENTE o preço do serviço, desmotivando ambas as indústrias (recicladora e a geradora do resíduo). 

Resíduos Perigosos

Pelas normas brasileiras (ABNT), um resíduo será "perigoso" quando este ultrapassar os seguintes parâmetros:
- Limite máximo de mercúrio em teste de lixiviação de 0,1 mg L–1.
- Limite máximo de mercúrio no resíduo total de 100 mg kg–1.

Assim o chumbo da lâmpada excede o limite máximo permitido, fazendo dele um resíduo perigoso. Não só ele como também o pó de fósforo é considerado um resíduo perigoso.

O autor do artigo lembra que o Projeto de Política Estadual para Resíduos Sólidos da Secretaria
do Meio Ambiente do Estado de São Paulo determina que fabricantes sejam responsáveis pela destinação de seus resíduos, mesmo após o consumo. Em relação às lâmpadas fluorescentes, o projeto de nº 301/97 dispõe sobre seu descarte e destinação final, determinando que os revendedores exijam dos consumidores, no ato de compra de lâmpadas novas, lâmpadas usadas. Estas seriam, então, recolhidas periodicamente pelos fabricantes.


Resumo: O artigo conta um pouco sobre a associação do mercúrio com a lâmpada, mostrando ao leitor os vários tipos de lâmpadas, indicando suas características, também mostrando seus prós e contras. O autor do artigo mostra que as lâmpadas jogadas fora de forma inapropriada pode causar sérios danos ao seres vivos e a natureza. Por fim, é mostrado um informativo com regras da ABNT mostrando quando um resíduo poderá ser considerado perigoso e que os fabricantes são responsáveis pelo seu descarte.


Bibliografia:
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc28/04-QS-4006.pdf

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