O que é a guerra senão um jogo de estratégia? Quem vence, na
verdade, não é o possuidor do maior exército, e sim aquele que manipula o seu
próprio de forma mais hábil, e que analisa minuciosamente os movimentos do
adversário, a fim de neutralizá-los. Como dizia Sun Tzu, autor do livro A Arte da Guerra, “A habilidade de
alcançar a vitória mudando e adaptando-se de acordo com o inimigo é chamada de
genialidade.”
Nessa ideia podemos facilmente inserir a Primeira Guerra
Mundial. Resultado de uma rivalidade entre potências capitalistas que buscavam
satisfazer seus anseios usando o imperialismo como a forma de dominação de
novos territórios, esse conflito em larga escala tem características peculiares
no modo em que foi realizado, principalmente em sua segunda fase.
Trata-se da Guerra das Trincheiras. Este tipo específico de
guerra baseou-se na escavação de faixas no solo, as trincheiras, como forma de
proteção e de circulação. Vale lembrar que nesse período o mundo estava em
pleno avanço tecnológico em diversos setores, e um deles era a indústria bélica.
Os combatentes, portanto, necessitavam de uma forma de evitar tiros de
metralhadora, por exemplo, e de ainda sim circular e alcançar o inimigo.
Por tudo isso, as trincheiras eram feitas de forma
estratégica nas batalhas. Primeiramente, as condições do terreno eram fatores fundamentais
na sua escavação. Caso o terreno não fosse tão favorável, barricadas com sacos
de areia eram levantadas como forma de proteção. Tendo sido escavadas, elas
eram cobertas. Algumas características as tornavam um meio de combate bastante
estratégico, como o fato de ocultarem totalmente um homem de pé, que estaria em
uma posição de fogo e protegido ao mesmo tempo.
O modelo das trincheiras |
Além disso, as trincheiras nunca eram cavadas em linha reta.
Por esse motivo, um soldado em uma delas não enxergava mais de 10 metros à sua
frente, o que era favorável tanto em invasões inimigas quanto no caso da explosão
de uma granada, que causaria menos danos.
O posicionamento do soldado na trincheira |
Em suma, o que este modelo de combate fez foi principalmente
tornar os conflitos mais estáticos, diferentemente de períodos anteriores, nos
quais as infantarias atacavam com baionetas e apoio de cavalarias. Logo, já que
mudava o estilo da guerra, quem se adaptasse melhor a este novo seria o
vencedor.
Apesar de ser um método de batalha aparentemente bem
sucedido, ele caiu assim que a utilização de tanques e aviões de combate
começou a ser feita nas guerras. E isso teve efeitos visíveis na 1ª Guerra
Mundial, pois fez com que os aliados conseguissem quebrar as defesas alemãs na
Frente Ocidental.
Texto por Rider Platon
Texto por Rider Platon
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