O Fordismo moveu a indústria automobilística no inicio do século XX |
No início do século XX, à pleno vapor, a indústria
americana era movida pelos interesses extremamente capitalistas e sob a
perspectiva do liberalismo econômico, onde aplicava-se os ideais de livre
concorrência, lei da oferta e da procura, entre outros. Seduzidas, pelo o
atraente mercado de ações da bolsa de Nova York, passaram-se a surgir empresas
que detinham seu capital no mercado especulativo, como a própria “Ford Motor
Company” fundada por Henry Ford.
Já na primeira Década do século, em meados de 1913, Henry
Ford desenvolve e idealiza um sistema de produção em massa, que visava uma
maior produção e uma forma de consumo em massa, pois dessa forma o produto
final estaria em um preço mais acessível, e consequentemente valorizando as
ações da empresa no mercado especulativo, e quebrando a concorrência. A produção na fábrica da Ford era totalmente
verticalizada (desde a matéria prima ao produto final), com tal sistema de
produção, Henry introduz a primeira
linha de montagem automatizada, em que os trabalhadores trabalhavam em apenas uma atividade específica, o operário ficava
praticamente parado em uma mesma posição o dia todo, apenas movendo os braços,
desta forma o trabalhador não precisava de uma grande qualificação e tampouco
de um salário elevado, o que barateava o custo de produção e consequentemente o
preço final de mercado do produto.
Linha de Montagem, em esteira da Ford |
Modelo Ford |
Sob tal sistema, passa a surgir a figura do primeiro
modelo fabricado pela Ford, o “Ford T”, o qual foi um enorme sucesso de venda
entre a população, introduzido no mercado com um preço acessível, ele alcançou
as expectativas de venda em massa, uma vez que ele era acessível entre as mais
diversas classes sociais. Em meio a todo esse cenário, a Ford crescia vertiginosamente
e com um ritmo extremamente acelerado, dessa forma os preços das ações
fordistas experimentavam uma alta incrível (valorização das ações). Enfim, a
Ford com uma imensa produção, pode ver o sucesso de seu plano e sistema em
ação.
Porém, conforme o mercado crescia, as especulações na
própria bolsa de valores também cresciam, e o crescimento exagerado da produção
resultou numa crise de superprodução dos automóveis na Ford,estourando a “bolha
automobilística” que era vivida na época, o que abalou o mercado acionário, e
posteriormente, resultou numa onda de demissões em massa , que resultou num
verdadeiro colapso.
Enfim, o “America way of life” experimentou do seu
próprio “veneno”, com a crise de superprodução de 1929, mais tarde conhecida
como a “Grande depressão”, uma vez que as taxas de desemprego subiram
drasticamente e de forma inversamente proporcional o consumo caiu, e junto com
ele as grandes empresas “também caíram”. Portanto, o modelo do fordismo
encontrou sua primeira grande crise, junto com o modelo americano do
liberalismo econômico, passando a surgir a maior crise de superprodução da
história, a grande depressão de 1929.
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Grupo “Foco no vestiba”.
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