22/09/2013

Pilha alcalina e sua composição

As pilhas se tornaram tão importantes em nosso cotidiano que merecem um estudo especial. São elas as responsáveis pelo funcionamento de computadores portáteis, relógios, telefones, calculadoras, rádios, e até na medicina, em marca-passos cardíacos.
Vamos falar então da mais popular, a pilha alcalina. As pilhas alcalinas recebem este nome por que são feitas a partir de bases, possuem d.d.p de 1,5 Volts e não são recarregáveis.
As pilhas alcalinas são um tipo de pilha com a base de funcionamento muito parecida com a pilha seca de Leclanché, a pilha comum. A diferença consiste no fato de a pilha de Leclanché ser ácida em relação a hidrólise do cloreto de amônio (NH4Cl(aq)). Este sal é produzido de uma reação entre uma base fraca e um ácido forte, por isso, quando ele sofre hidrólise, o meio fica ácido.
 na pilha alcalina, esse composto é substituído por uma substancia básica, como o hidróxido de potássio (KOH) ou o hidróxido de sódio (NaOH). Nesse caso, a reação global e as semirreações que garantem o funcionamento dessa pilha são:
Ânodo: Zn + 2 OH →  ZnO  + H2O + 2e-
Cátodo: 2 MnO2 + H2O + 2e-→ Mn 2O3 + 2 OH
Reação global: Zn   +2 MnO2→  ZnO  + Mn 2O3

Existem também outros tipos de pilhas alcalinas, isto é, que possuem uma base como eletrólito no lugar de um ácido, como pilhas do tipo ferro-níquel, prata-zinco, mercúrio-zinco e níquel-cádmio.
As pilhas alcalinas têm maior durabilidade e uma corrente maior, porém, elas também não são recarregáveis e sua ddp permanece a mesma que a das pilhas ácidas, que é de 1,5 Volts.
A pilha alcalina, por sua vez, é apropriada para equipamentos que requerem descargas de energia rápidas e fortes, como brinquedos, câmeras fotográficas digitais, MP3 players, etc.

Bibliografia:
http://www.alunosonline.com.br/quimica/pilhas-alcalinas.html

Pilhas de mercúrio-zinco

                A pilha alcalina de mercúrio-zinco são usadas em aparelhos elétricos e tem durabilidade longa, tendo muita utilidade nos dias de hoje, porém ainda não são totalmente satisfatórias, pois com mercúrio em sua composição, tornam-se materiais tóxicos, causando problemas ambientais.                      
As pilhas são constituídas de polos positivos e negativos, assim, respectivamente, cátodo e ânodo, formando as semirreações e reação:  

Semirreação do Ânodo: Zn(s) + 2 OH1-(aq) → ZnO(s) + 2 H2O(l) + 2e-
Semirreação do Cátodo: HgO(s) + H2O(l) + 2e- → Hg(l) + 2 OH1-(aq) 
             Reação Global: HgO(s) + Zn(s) → ZnO(s) + Hg(l)





Aspecto negativo -> Como desvantagem a pilha mercurio- zinco causa diversos problemas ambientais, tendo de ser descartadas em lugares apropriados, e não nos resíduos domésticos. Além do fato de ser prejudicial à saúde, ataca o sistema nervoso e causa doenças como a "a sindrome do chapeleiro maluco" uma doença que era muito comum naquelas pessoas que trabalhavam na manufatura de chapéus. Um metal extremamento tóxico era usado na produção dos chapéus e sem conhecimento sobre o perigo os operários inalavam o mercúrio, desenvolvendo assim a síndrome, com sintomas neurotoxicológicos como tremores, perda de coordenação, depressão, irritabilidade e ansiedade, entre outros.


Curiosidade: 
      O físico italiano, Alessandro Volta, realizou vários experimentos e notou que teoria anterior sobre pilhas (da eletricidade animal, envolvendo metais e músculos de rã), de Luigi Galvani, estava incorreta. Ele percebeu que quando a placa e o fio eram constituídos do mesmo metal, as convulsões não apareciam, mostrando que não havia fluxo de eletricidade. Assim, ele passou a defender o conceito (correto) de que a eletricidade não se originava dos músculos da rã, mas sim dos metais e que os tecidos do animal é que conduziam essa eletricidade.
       Para provar que estava correto, Volta fez um circuito formado por uma solução eletrolítica, ou seja, uma solução com íons dissolvidos, que ele chamava de condutor úmido ou condutor de segunda classe, colocados em contato com dois eletrodos metálicos. Esses últimos, Alessandro Volta designava de condutores secos ou condutores de primeira classe.
    Ele fez isso por colocar um condutor úmido (que era uma solução aquosa salina) entre dois condutores secos (que eram metais ligados por um fio condutor). Nesse momento ele observou que se despertava o fluxo elétrico. Ele passou a entender também que dependendo dos metais que ele utilizava, o fluxo da corrente poderia ser maior ou menor. Desse modo, podemos admitir que a ideia do que é uma pilha já estava sendo entendida e explicada por Volta.
      Em 1800, Volta criou a primeira pilha elétrica que passou a ser chamada de pilha de Voltapilha Galvânica ou pilha voltaica e, ainda, “rosário”. Um esquema dessa pilha é mostrado abaixo: ele colocou um disco de cobre por cima de um disco de feltro embebido em uma solução de ácido sulfúrico e, por último, um disco de zinco; e assim sucessivamente, empilhando essas séries até formar uma grande coluna. O cobre, o feltro e o zinco tinham um furo no meio e eram enfiados numa haste horizontal, sendo assim conectados por um fio condutor.



   Esse experimento causou reviravoltas no mundo científico e a partir daí todos os aparelhos que produziam eletricidade a partir de processos químicos (ou seja, que produziam energia química em energia elétrica) passaram a ser chamados de celas voltaicas, pilhas galvânicas ou, simplesmente, pilhas.

Bibliografia: http://www.brasilescola.com/quimica/historia-das-pilhas.htm

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfjtAAH/sindrome-chapeleiro-maluco-msc-prof-m-p-cortes


                   

Revolucao industrial

A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.

Pioneirismo Inglês
     
Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor.


























Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.
Avanços da Tecnologia

O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas a vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.
Locomotiva da época da Revolução Industrial Locomotiva: importante avanço nos meios de transporte

Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas a vapor (maria fumaça) e os trens a vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos. 
Principais invenções técnicas da Revolução Industrial: lançadeira volante de John Kay, tear mecânico de Cartwright, máquina a vapor de JamesWatt e locomotiva de Stephenson.
A Fábrica
As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.
Reação dos trabalhadores 
Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores.
Conclusão
A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade. 


Guilherme Bento n13 3mozart

Pilhas de mercúrio: praticidade e compactabilidade
O sistema de construção de pilhas de mercúrio já era conhecido desde 1884, entretanto somente em 1942 Samuel Ruben implementou a pilha balanceada de mercúrio sendo esta largamente usada durante a  Segunda Guerra Mundial, como por exemplo em detectores de metais e armamentos.Em sua composição levamos em consideração que é uma pilha alcalina, porque contém como solução eletrolítica o hidróxido de potássio (KOH(aq) ), que é uma base fortemente alcalina, que substitui o NH4Cl das pilhas secas comuns.

utilidades da pilha de mercúrio
As pilhas de mercúrio são extremamente vantajosas pois possuem a característica de poderem ser compactas,pois tanto o zinco como o óxido de mercúrio II são transformados em pó e compactados, além de possuírem uma longa vida útil, podem ser guardadas durante muito tempo.Considerando as desvantagens, podemos demonstrar os danos ambientais que essas pilhas causam, pois o mercúrio que compõe a pilha é altamente tóxico (metal pesado) e consequentemente prejudicial ao meio ambiente,pois pode contaminar o solo, águas subterrâneas, chegando até ao homem. Além disso, as pilhas de mercúrio causam doenças no sistema nervoso, nos rins, sistema respiratório, visão, e pode causar até mesmo câncer,portanto as pilhas de mercúrio não podem ser descartadas de qualquer maneira como em resíduos doméstico,a melhor alternativa para que esta não cause nenhum dano seria fazer o reprocessamento do mercúrio.
Esquema da pilha de mercúrio:
esquema da pilha de mercúrio

Esquema das reações anódicas e catódicas:
·         Ânodo (polo negativo): cápsula de zinco.
·         Cátodo (polo positivo): pasta que envolve o ânodo que contém óxido de mercúrio II (HgO (s)), no qual o mercúrio se reduz de + 2 para 0.
reações da pilha de mercúrio

O Zn se oxida e como agente redutor doa seus elétrons para o HgO que sofre uma redução,ganhando elétrons conforme mostrado nas semirreações e na reação global. 
As pilhas de mercúrio são utilizadas em relógios digitais ou de pulso, máquinas fotográficas, calculadoras, agendas eletrônicas, aparelhos auditivos entre  outros aparelhos elétricos portáteis que necessitem de uma certa compactabilidade e efetiva duração de trabalho.
Bibliografia:


Belle Époque

   A Belle Époque é normalmente compreendida como um momento na trajetória histórica francesa que teve seu início no final do século XIX, mais ou menos por volta de 1880, e se estendeu até a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914. Mas, na verdade, não é possível demarcar tão rigorosamente seus limites, uma vez que ela é mais um estado espiritual do que algo mais preciso e concreto.
  No Brasil, por exemplo, este período tem início em 1889, com a Proclamação da República, e vai até 1922, quando explode o Movimento Modernista, com a realização da Semana da Arte Moderna  na cidade de São Paulo. A Belle Époque brasileira é, no entanto, instaurada lentamente no país, por meio de uma breve introdução que começa em meados de 1880, e depois ainda sobrevive até 1925, sendo aos poucos minada por novos movimentos culturais.
   Esta era é até hoje relembrada como uma época de florescimento total do belo, de transformações, avanços e paz entre o território francês, onde este movimento se centralizou, e os países europeus mais próximos. Surgem novas descobertas e tecnologias, e o cenário cultural fervilha com o aparecimento dos cabarés, do cancan, do cinema. A face artística é subvertida com o nascimento do Impressionismo e da Art Nouveau. Em outras terras a arte e a arquitetura nascentes neste momento são conhecidas como obras de estilo ‘Belle Époque’.
   No Brasil a ligação com a França é profunda nesta fase da História. Entre os membros da elite brasileira, era inconcebível não ir a Paris ao menos uma vez por ano, para estar sempre a par das mais recentes inovações. Em meados do século XIX, cinco importantes mostras internacionais organizadas na cidade-luz indicaram as novas inclinações estéticas aos artistas de todo o mundo.
Uma delas, a de 1855, revelou uma oposição entre os seguidores do neoclassicismo de Dominique Ingres e os do romantismo de Eugene Delacroix. Este saiu vitorioso do embate, estendendo seu triunfo ao movimento cultural por ele representado. Nesta mesma exposição o artista Gustave Courbet, ao ver seus trabalhos rejeitados, montou próximo ao salão das obras expostas seu Pavilhão do Realismo. Em 1867 seus esforços são recompensados, pois neste ano ele e sua obra tornam-se o centro das atenções, com o êxito da escola realista.
    Ao mesmo tempo, este período testemunhou a escalada do socialismo organizado e dos militantes operários. Os confrontos criados por este novo cenário, somados às controvérsias políticas então vigentes, geraram um posicionamento dos franceses entre a esquerda e a direita. Mesmo com esta tensão no ar, o contexto desta época é lembrado como a era dourada, subitamente abalada pelo início da Primeira Guerra Mundial.
   Mudanças profundas marcam o cotidiano da Belle Époque, provocadas pelo aparecimento de novas tecnologias como o telefone, o telégrafo sem fio, o cinema, a bicicleta, o automóvel, o avião, entre outras invenções. Paris se torna o centro cultural mundial, com seus cafés-concertos, balés, operetas, livrarias, teatros, boulevards e a alta costura inspirando e influenciando várias regiões do Planeta. Toda a elite intelectual consome avidamente os livros de Baudelaire, Rimbaud, Verlaine, Zola, Anatole France e Balzac, uma referência existencial para os que estavam sintonizados com os ares da Belle Époque.

Marcos Paiva n21
Vigilância virtual do gigante
Nas 'ultimas semanas vem sendo apresentado na mídia a notícia que denúncia a "espionagem" feita pelos Estados Unidos na internet,fato em que grandes empresas virtuais foram exigidas que fornecessem dados internacionais e pessoais ao governo americano.
Levando em consideração todo o decorrer da história,sabe-se que desde sempre essa grande potência,que é os EUA, tenta de forma intrusiva manter sobre sua diretriz um controle em escala mundial,como por exemplo o caso de denúncia feito pela União Europeia ,que demonstra o modelo de intervenção americana na telecomunicação do país,que contém documentos oficiais da União Europeia porém que são violados pelos EUA e seus aliados.
Deve-se levar também em consideração o fato de que a internet é um meio de comunicação resultante do cenário atual do mundo,o mundo globalizado ,em que se interliga entre todos os países,não só apenas o ato de dialogar das pessoas mas também suas informações.É necessário que para o uso deste meio tenham acordos e protocolos que geram toda o suporte para o efetivo controle técnico,controle este em que o governo americano inverte toda a sua real finalidade,para fins políticos,considerando sua total "hegemonia" sobre todos os cidadãos.
Além disso,há uma lei na constituição americana denomida "CYSPA,CyberSpace Protection Alliance" que possibilita que todas as pessoas sejam investigadas sem uma ordem,como por exemplo caso uma das grandes empresas tenha interesse sobre algum indivíduo que atue não só nas redes sociais de seu grupo ,esta tem a chance de realizar acordos interempresariais,ação totalmente fora de qualquer realidades até mesmo pelo fato de total falta de privacidade a partir do momento em que se legaliza a intervenção privada de monitoramento.
Este fato demonstra não só a capacidade de todo o poder que esta grande potência detêm em suas mãos ,mas também o meio em que esta age sobre todo o mundo sem se quer causar um tiro ou formar uma guerra.Seu meio de intrusão é sútil,silencioso.
A Crise na Europa

A crise na Europa foi ocasionada pela dificuldade de alguns países europeus de pagar suas dívidas. Grandes problemas fiscais ocorreram na zona do euro, que por exemplo na Grécia, gastaram mais dinheiro do que arrecadaram, causando e acumulando dívidas. Chegando ao ponto de que as dívidas da Grécia estavam tão altas, que ultrapassaram o tamanho de seu economia.
Os países mais afetados e em situações mais delicadas são chamados de PIIGS, que representa a Grécia, Espanha, Itália, Irlanda e Portugal. Estes foram os países que atuaram de maneiras mais inadequadas nos gastos públicos e obtiveram grandes dívidas. Além disso, possuem grande diferenças na relação dívida e o PIB e com elevado déficits, não conseguiram gerar grande crescimento econômico suficiente. Portanto não possuem reservas para poder honrar suas dívidas, causando grande desconfiança e descontentamento dos investidores.
Contudo, a União Europeia vem tomando providências para tentar controlar a crise, mas ocorre de maneira mais devagar, já que é necessário o assentimento e a concordância dos outros países. As medidas que foram estabelecidas, consiste na liberação de pacotes de regaste para os países de maior dificuldade, na tentativa de balancear a crise. Junto com o Fundo Monetário Internacional, desembolsaram mais de 100 bilhões de euros para a Grécia e a Irlanda e Portugal também receberam ajuda, que mesmo assim continuaram passando por dificuldades. Também adotaram outra medida que foi o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, facilitando os processos de empréstimos. Porém, as ações tomadas foram criticadas por apenas solucionar o problema superficialmente, sem resolver de maneira eficaz e definitiva.


As consequências dessa crise foram a diminuição dos salários e cortes de benefícios sociais que representaram a gota d'água para os trabalhadores europeus, que fizeram manifestações e repercussão na mídia. Além disso, com altas taxas de desempregos, muitos europeus deixaram seus países de origem para buscar melhores condições de vida. Totalizando mais 1 milhão que estão partiram desde 2008 e tal fato é considerado o maior exôdo do Velho continente em meio século.

desemprego na Europa
Reflexões sobre a crise:

Os economistas que seguem Keynes dizem que “a crise transforma todos em keynesianos”. A solução para a crise da Europa passará pelas prescrições de John Maynard Keynes?

''Se por “solução” se entende um paliativo temporário que nos restitua, em cinco anos, os mesmos problemas que estamos vivendo agora – em maior intensidade –, então sim, sem dúvida. Mas, para mim, parece conceitualmente surreal pensar que uma crise causada por excesso de despesa pública possa ser resolvida com mais despesa pública. Margaret Thatcher costumava dizer que o problema do socialismo é que o dinheiro dos outros, mais cedo ou mais tarde, termina. Estamos numa fase, na Europa, em que o dinheiro dos outros terminou. Não temos mais alternativa.''
"Estou a arrumar as malas. Levo quase tudo. Já não sei se volto. Quem emigra quer voltar, mas muitos poucos voltam à base. Farto disto tudo, farto de estar desempregado, de nada servem estes canudos. Quando há trabalhos são sempre temporários, humilhantes, precários, os salários hilários. União Europeia a colapsar, Portugal a mergulhar nestes dias funerários. Vou-me embora, vou para Luanda. Já não há nada aqui pra mim. Isto já não anda nem desanda.'' - Rap meu país, composto por Valete.
''A desconfiança que a crise gerou entre os países ainda é muito grande, o que não é bom para quem se diz inserido em uma comunidade. Ainda é cedo para dizer se o programa de austeridade fiscal imposto aos países mais fragilizados vai melhorar os aspectos sociais. O cenário atual, com taxa de desemprego alta, migração em massa, crescimento baixo, vai influenciar as relações bilaterais no futuro. Mas hoje ainda é impossível dimensionar isso.'' avalia Lehmann.
“A crise da dívida europeia é a crise financeira mais séria desde os anos 1930, se não a mais séria da história”, afirmou o Presidente do Banco da Inglaterra, Mervyn King, em outubro de 2011.

representação da crise em forma de charge

RECAPITULANDO A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL


Entre os anos de 1870 e 1914, o mundo vivia a euforia da chamada Belle Epóque. Do ponto de vista da burguesia dos grandes países industrializados, o planeta vivenciava um tempo de progresso econômico e tecnológico. Confiantes de que a civilização atingira o ápice de suas potencialidades, os países ricos viviam a simples expectativa de disseminar seus paradigmas às nações menos desenvolvidas. Entretanto, todo esse otimismo encobria um sério conjunto de tensões.
Belle Époque
Com o passar do tempo, a relação entre os maiores países industrializados se transformou em uma relação marcada pelo signo da disputa e da tensão. Nações como Itália, Alemanha e Japão, promoveram a modernização de suas economias. Com isso, a concorrência pelos territórios imperialistas acabava se acirrando a cada dia. Orientados pela lógica do lucro capitalista, as potências industriais disputavam cada palmo das matérias-primas e dos mercados consumidores mundiais.Um dos primeiros sinais dessa crise se deu por meio de uma intensa corrida armamentista. Preocupados em manter e conquistar territórios, os países europeus investiam em uma pesada tecnologia de guerra e empreendia meios para aumentar as fileiras de seus exércitos. Nesse último aspecto, vale lembrar que a ideologia nacionalista alimentava um sentimento utópico de superioridade que abalava o bom entendimento 

Divisão Política entre as nações em 1914

Outra importante experiência ligada a esse clima de rivalidade pôde ser observada com o desenvolvimento da chamada “política de alianças”. Através da assinatura de acordos político-militares, os países europeus se dividiram nos futuros blocos políticos que conduziriam a Primeira Guerra Mundial. Por fim, o Velho Mundo estava dividido entre a Tríplice Aliança – formada por Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália – e a Tríplice Entente – composta por Rússia, França e Inglaterra.

Mediante esse contexto, tínhamos formado o terrível “barril de pólvora” que explodiria com o início da guerra em 1914. Utilizando da disputa política pela região dos Bálcãs, a Europa detonou um conflito que inaugurava o temível poder de metralhadoras, submarinos, tanques, aviões e gases venenosos. Ao longo de quatro anos, a destruição e morte de milhares impuseram a revisão do antigo paradigma que lançava o mundo europeu como um modelo a ser seguido.


‘’O CAVALO DE GUERRA’’ – O filme
Um filme que retrata muito bem o cenário da primeira guerra mundial e nos serve de complemento para entendermos de forma geral o que foi verdadeiramente essa época.

Sinopse:


Ted Narracot (Peter Mullan) é um camponês destemido e ex-herói de guerra. Com problemas de saúde e bebedeiras, batalha junto com a esposa Rose (Emily Watson) e o filho Albert (Jeremy Irvine) para sobreviver numa fazenda alugada, propriedade de um milionário sem escrúpulos (David Tewlis). Cansado da arrogância do senhorio, decide enfrentá-lo em um leilão e acaba comprando um cavalo inadequado para os serviços de aragem nas suas terras. O que ele não sabia era que seu filho estabeleceria com o animal um conexão jamais imaginada. Batizado de Joey pelo jovem, os dois começam seus treinamentos e desenvolvem aptidões, mas a 1ª Guerra Mundial chegou e a cavalaria britânica o leva embora, sem que Albert possa se alistar por não ter idade suficiente. Já nos campos de batalha e durante anos, Joey mostra toda a sua força e determinação, passando por diversas situações de perigo e donos diferentes, mas o destino reservava para ele um final surpreendente.

Pilha alcalina


As pilhas alcalinas recebem este nome por que são feitas a partir de bases, possuem d.d.p de 1,5 V e não são recarregáveis.

Diferenças entre a pilha alcalina e a pilha ácida (pilha seca)

1. Composição: A pilha alcalina é composta por uma mistura eletrolítica: pasta básica de NaOH (hidróxido de sódio - bom condutor eletrolítico). Já a pilha seca comum contém cloreto de amônio NH4Cl (sal ácido) e recebe a classificação de ácida.

2. Aplicação: A pilha seca é usada para produzir correntes pequenas em serviços contínuos, sendo por isso indicada para rádios portáteis, telefones, campainhas, lanternas, serviços de sinalização, etc. A pilha alcalina, por sua vez, é apropriada para equipamentos que requerem descargas de energia rápidas e fortes, como brinquedos, câmeras fotográficas digitais, MP3 players, etc.

3. Durabilidade: as pilhas alcalinas duram cerca de cinco vezes mais que as ácidas. O Hidróxido de sódio possui maior condutividade elétrica e consequentemente vai transportar energia mais rapidamente que o Cloreto de amônio. Esta reação rápida em pilhas básicas proporciona maior vida útil aos seus constituintes.
Ânodo: Zn + 2 OH →  ZnO  + H2O + 2e-
Cátodo: 2 MnO2 + H2O + 2e-→ Mn 2O3 + 2 OH


Reação global: Zn   +2 MnO2→  ZnO  + Mn 2O3

   A substituição do cloreto de amônio (NH4Cl(aq)) da pilha ácida por uma substância básica, como o hidróxido de potássio (KOH) ou o hidróxido de sódio (NaOH) da uma pilha alcalina faz com que a pilha dure mais (cerca de 5 a 8 vezes mais que a pilha ácida). Isso se deve a pincipalmente três consequências do uso do hidróxido de potássio:
                                                                               




O uso dessa pilha se torna melhor e mais seguro por ainda outro motivo: o eletrólito alcalino impede que ocorram reações quando a pilha não está em uso. Já na pilha ácida, se ela estiver armazenada dentro do aparelho elétrico, acontecerão reações que provocam a corrosão e o vazamento do material em seu interior. Visto que a pilha possui metais pesados e tóxicos, esse fato constitui um grande perigo à saúde.
Desse modo, o que diferencia basicamente uma pilha alcalina é o fato de possuir uma base como seu eletrólito. Por isso, a pilha alcalina pode ser por exemplo de:
• Ferro-níquel;
• Prata-zinco;
• Mercúrio-zinco


Grupo: Foco no vestiba

Bruno Lopes N°05
Evaldo Neto Nº08
Gustavo Mendes N°14
Mathews Ohara N°27
Túlio Oliva N°40



Qual o impacto entre a memória histórica e o presente na organização da sociedade?

Existem fatos que ficaram definitivamente marcados na historia de uma região, país ou até mesmo na historia da humanidade. É o que chamamos de memória histórica. Mas qual é o verdadeiro impacto que essa tal memória histórica exerce sobre o presente?

De fato, é extremamente necessário que fatos terríveis como os que ocorreram na Segunda Guerra Mundial (Internacional) ou no período da Ditadura Militar (Nacional) não saiam das retinas fadigadas das populações para que isso nunca mais volte a ocorrer; Assim como os acontecimentos positivos que geraram alegrias e felicidades a uma nação, para que cultivem essas ações e que voltem a ocorrer. No entanto, tirando como base o texto apresentado, e o filme “escritores da liberdade”, percebemos que os acontecimentos negativos acontecidos no passado, foram utilizados como pretexto para algo positivo no presente, uma vez que as fortes palavras utilizadas no texto do livro ”Direito à memória e à verdade” (A respeito do período ditatorial vivido no Brasil), e os intensos argumentos utilizados pela professora (personagem do filme, escritores da liberdade) a respeito do holocausto, serviram e servem como forma de organizar a sociedade atual, de forma que ao se recordar desses momentos se passa a evitar, estes acontecimentos na sociedade atual.

Em relação ao filme, podemos dizer que ao relacionar o período da segunda guerra, ao período das guerras de gangues nos EUA, estabelecendo assim uma relação dos países com as gangues, a professora Erin (personagem) foi extremamente feliz, pois desta forma ao apresentar uma memória histórica negativa (segunda guerra mundial) aos jovens alunos, ela passa a criar neles um sentimento de organização da sociedade em que vivem, passando a evitar as formas de violência, sendo elas em gangues ou de qualquer outra forma de conflito étnico ou racial. Já em relação ao texto apresentado, ao se recordar das atrocidades ocorridas durante o período da ditadura no Brasil, os jovens e toda a população em geral, afasta o desejo de um novo período ditatorial, tendo em vista os inúmeros problemas causados por esse período (grandes números de mortos, estupros e outros crimes bárbaros).

Portanto, concluímos que de forma inevitável, tais fatos (segunda grande guerra e a ditadura) refletem na sociedade contemporânea. Ou seja, a grande importância e o impacto da memória histórica, é o fato de evitar os problemas já vividos anteriormente na história, dessa forma a sociedade atual passa a ser organizada, livre de conflitos étnicos ou ditatoriais, pelo menos no que se pensa no âmbito teórico. Proporcionando consequentemente, num melhor convívio social entre os indivíduos, na vivência de uma sociedade mais democrática, livre de censura, ou de qualquer forma de preconceito.


Grupo : ''Foco no vestiba''

Crash! Entenda a crise


            Era uma beleza: era só aplicar o dinheiro que tinha guardado para dar entrada em uma casa e, em dois ou três anos, já tinha o suficiente para compra a casa á vista. Nunca tinha sido tão fácil fazer dinheiro. E, óbvio, todo mundo queria entrar nessa.
            Para se entender melhor como tudo começou, usaremos o exemplo do mercado financeiro de tulipas, na Holanda no século XVII. As flores, cobiçadas pelos nobres da Europa, eram trazidas da Turquia. As mais raras tinham valor semelhante a um sobradinho no centro de Amsterdã.
No inicio, o comercio era feito apenas durante a primavera, quando os bulbos floresciam, mas não tardou para o comercio durar o ano inteiro. Os especuladores compravam suas flores no inverno, com esperança que houvesse a valorização do preço quando chegasse a primavera e as plantas aparecessem. Assim eles ficavam com um contrato que dava o direito ao dinheiro que as flores rendessem mais tarde.
Com o tempo começou o comercio dos próprios contratos. Um investidor que tivesse pago 1200 florins por um contrato, esperando que o bulbo subisse de preço ás vezes preferia vender a algum interessado no ato por 1300 do que esperar até a primavera. Esse outro sujeito conseguia vender por 1400 e assim por diante conseguindo um lucro sem ter investido nada, é o que os especuladores chamam de “alavancagem”. Se o mercado está em alta, isso garante lucros astronômicos. Mas se o mercado não estiver preparado, se torna um investimento dos mais arriscados.
O mercado das tulipas estava em alta. Qualquer pessoa que adquirisse um contrato, pelo preço que fosse, sempre vendia por um preço maior. Esse mercado só se sustentaria se os preços continuassem subindo até o fim dos tempos, o que jamais ocorreu na historia.
O crash das tulipas veio quando se começou a descobrir um monte de fraudes, floristas vendiam contratos falsos, com o tempo ninguém mais queria os contratos, e as tulipas e papéis perderam seu valor. Com um comercio baseado em um dinheiro fictício, logo se começou a aparecer rombos na economia. E todo aquele dinheiro não tinha mais valor.


Grande Depressão
            Os americanos viviam o futuro em 29. Tudo era novo, a quantidade de carros foi de 7 milhões para 23 milhões, o radio era uma novidade, o cinema era cada vez melhor, o capitalismo e a necessidade pelo consumo estava no dia a dia dos americanos. A bolsa de valores estava em alta, refletindo o que acontecia nos Estados Unidos, o preço das ações tinha dobrado desde 1928, isso por causa de uma nova especulação financeira, um grupo de megainvestidores agia para forçar altas nas ações. Quando o mercado estava calmo, eles compravam bilhões de ações, o preço subia, e depois revendiam com lucro para começar tudo de novo.
            As altas na bolsa de valores americanas eram cada vez mais freqüentes. Um investia nos papéis do outro, inflando preços e deixando-os com mais capital. O sistema bancário dava empréstimos aceitando ações como garantia. Esse dinheiro voltava para a bolsa em busca de um lucro alavancado.
            Chegou o dia, aquilo que os americanos nunca imaginaram estava preste a acontecer. O preço das ações se perdeu, agora tinha a ver com um ciclo baseado na esperança de que o dinheiro se valorizasse cada vez mais. A media de aumento dos lucros estava muito a baixo do preço das ações. O dinheiro se tornará fictício.
            Para acabar com isso o Banco Central dos EUA subiu os juros da renda fixa para tirar dinheiro de circulação e acabar com as especulações. Foi questão de tempo, depois de um período instável de altas e baixas na bolsa, os riscos de perdas estavam muito altos e os investidores começaram a vender suas ações, em apenas três semanas a bolsa perdeu tudo que havia conseguido em dezoito meses.
            Com a falta de dinheiro no mercado, começou um efeito domino, a produção industrial caiu 10% e as importações 20%. Para compensar as perdas as industrias diminuíram os salários dos trabalhadores, que por sua vez não conseguiam mais pagar suas dívidas de crediário nem as dos empréstimos garantidos pelas ações.
Os bancos começaram a falir, e a política de tirar dinheiro de circulação continuava, a justificativa era “limpar” a economia. Para o secretário do Tesouro, Andrew Mellon, “Os padrões de vida altos serão reduzidos. As pessoas trabalharão mais, levarão uma vida mais de acordo com a moralidade. Os valores se ajustarão e os empreendedores recolherão os destroços dos menos competentes.”
Não adiantou, milhares de bancos faliram e a crise econômica já era certa, a economia americana despencou, os números de desempregados só aumentava. A Europa, que ainda sofria com as perdas da primeira guerra mundial, sentiu os efeitos da crise. Das filas de desempregados na Alemanha, por exemplo, nasceu o apoio a Hitler.
Franklin Roosevelt assumiu a presidência em 1933, e acabou com a política que pregava que o mercado se auto regulava. A recuperação começou após a injeção de dinheiro estatal no mercado, primeiro no campo onde o preço dos produtos agrícolas subiu e depois na cidades. Em pouco tempo a Bolsa se recuperou percialmente e graças à intervenção do governo na economia o mundo voltava a respirar.
Os Estados Unidos só se recuperaria completamente durante a segunda guerra mundial, com o aumento das importações e por não ter as perdas de uma guerra em seu próprio território, já que a guerra acontecia na Europa. Após essa crise os sistemas econômicos mundiais tiveram alterações e agora o governo intervém constantemente na economia a fim de evitar novas crises.



-Lucas Bernardes

Bibliografia:



O Muro de Berlim

Alemanha, um país que sempre se uniu fortemente para enfrentar todos os conflitos, desta vez, na Guerra Fria, está dividida em duas, assim como o globo terrestre. Um muro se levanta no ano de 1961 na capital Berlim. A República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) representa o mundo capitalista, a República Democrática da Alemanha(Alemanha Oriental), o mundo socialista-comunista. O Muro de Berlim não só dividia a Alemanha, pois ele fazia parte da chamada Cortina de Ferro, que se extendia pela Europa, separando o Leste (sob influência soviética) e o Oeste (sob influência capitalista).
Por que dividir um país que tinha orgulho de sua raça que os unia, por causa de divergências políticas, separando famílias, amigos, impedindo que pessoas que trabalhavam de um lado pudessem chegar ao seu emprego do outro lado?
As origens da construção do muro encontram-se no fim da Segunda Guerra Mundial, com a derrota da Alemanha e sua consequente ocupação pelas forças adversárias. Cada país vencedor “herdou” um setor da cidade de Berlim, e desse modo foram criados um setor americano, um inglês, um francês e outro soviético.Os três primeiros uniram-se para formar a área da cidade que adotaria o regime capitalista, Berlim Ocidental, que não seria a capital, mas um importante símbolo para o capitalismo na nascente Alemanha Ocidental; o lado soviético daria origem a Berlim Oriental, que se tornaria a capital da Alemanha Oriental. Um problema enfrentado pelo regime capitalista no país foi que parte de seu território em Berlim estava, na verdade do lado ocidental do muro, o que prejudicava os habitantes dessa região, que nao poderiam se comunicar com seu próprio país. Era necessário que aviões das potências capitalistas levassem mantimentos à população presa na área inimiga.
Um fato curioso e simbólico ocorreu na Copa do Mundo de 1974, no lado Ocidental: as duas Alemanhas se enfrentaram na cidade de Hamburgo. Muitos alemães estranhavam a ideia de ver Alemanha jogando contra Alemanha e nem sabiam para quem torcer, porque torcendo para uma delas, consequentemente estaria torcendo contra a Alemanha. Segundo as estatísticas oficiais da Federação Internacional de Futebol, havia 60.350 torcedores no estádio, sendo apenas dois mil deles da Alemanha Oriental. Todos escolhidos cuidadosamente pelo Partido Socialista Unificado da Alemanha. O técnico da Alemanha Ocidental era -adivinhem- alemão oriental, fugido por conta do comunismo. Todos esperavam um clima de guerra entre as seleções e que os orientais fossem jogadores violentos e sem caráter. O que se viu não foi isso. A partida foi muito disputada, mas limpa; e teve até uma troca de camisas depois do apito final, mas longe dos olhos do público, para evitar reações do governo comunista. O confronto foi vencido pela país comunista, porém o título do torneio ficou com os ocidentais. Isso poderia ser um indício de que o modelo comunista resistiria e brigaria fortemente pelo monopólio da economia mundial mas que, no final, o capitalismo reinaria.
Com a decadência gradativa e posteriormente o colapso do regime comunista, o muro foi finalmente derrubado em 1989, marcando a reunificação da Alemanha em um Estado capitalista.
"A primavera de Berlim floresceu na inesquecível noite de 9 de novembro, quando o regime comunista decidiu abrir as fronteiras do país. Em poucos dias, ainda sob o efeito da espantosa guinada, quase 4 milhões de pessoas puderam passear pelas ruas de Berlim Ocidental, deslumbrar-se com suas vitrines, fazer algumas compras e compartilhar com outra multidão de alemães, que os esperava do lado oposto, a euforia dde ver desmanchar no ar a sinistra solidez de um dos grandes símbolos da opressão em todo o mundo" (Adaptado da Veja 22/11/1989)